quinta-feira, março 08, 2012
11. Rocha/Desenhamento
Era uma vez, as coisas desaparecendo, tudo começou a perder-se nas ruas vazias, pessoas e carros, um apocalipse manso, sem nexo, a que só alguns poetas solitários sobreviveram. Mas aos poetas solitários acontece, num mundo deserto, que as palavras se fixam nos restos baços da cidade, o café fechado, as mesas ao abandono. Dedilham papéis, pensam em palavras decisivas, e então sabem que ainda há vivos para morrer em Homs. Isso basta-lhes para ficarem atentos, esperando.
Rocha de Sousa
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8 comentários:
Um texto que se lia com agrado, corredio, escorreito e, de repente, uma pedra no caminho, um calhau.
Que sabemos nós de Holms além daquilo que querem que nós saibamos?, e quantas mentiras na outras sequência de outras mentiras sobre outros lugares?, quanta "informação" para justificar a nossa espera (e até o desejo) de acções mais criminosas que os crimes de/anunciados, com o fim de controlar recursos e promover reconstrução do destruído (por quem?).
texto do que foge
da morte à vida
e da vice versa
esp|era
~
De qualquer maneira o texto e a foto são lindos
O senhor calhou calhau, porque a palavra que o amofinou não é o que
julga. Este apocalipse é posterior
a Assad.
Era uma vez uma foto lindíssima...
A palavra em que tropecei nem era Holms mas era Homs. É o que fazem as correrias.
Mas ... paciência. Aliás, nem me parece ter sido eu o amofinado. E se li mal o escrito, retiro o que disse, que reitero com outros endereços.
Os poetas de-sesperam mas vivem, alimentando as estrelas e os cometas.
A poesia é uma arma.
Era uma vez....mas creio que a realidade continuará por muito tempo, ainda.
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