Ao olhar para cima, nariz empinado, mão nas cruzes, por causa das
dores na espinha, a ti’Anica esperava que a lua aparecesse enorme,
maior que eu sei lá o quê, mesmo ali por cima do campanário. Segundo
lhe tinham dito na mercearia, naquele primeiro dia de lua cheia,
poder-se-ia até ver aquela velha curvada, carregando o fardo de feno,
tão pertinho da terra, que se piscássemos o olho ela até era capaz de
rir.
Andavam umas nuvens cinzentas pelo céu a se pavonearem, mas a ti’Anica
acreditava que a lua de tão grande que era, seria suficientemente
forte para as afastar. A ti’Anica teve sorte. A lua apareceu, redonda, prateada, brilhante e com um sorriso doce que encantou a ti’Anica.
Benó
3 comentários:
E a velha curvada sorriu à piscadela de olho da ti'Anica:-))))
... e bem inspiradora foi a ti'Anica. Coisas da lua por cima das luzes que não são capazes de a ofuscar, e de tapar o que vemmos quando olhamos para cima.
bela imensa e de olhar cruzado - a lua nos olhos dela.
~
Enviar um comentário