Com a pedra no sapato direito lá fui andando, um pouco incomodada, claro, porque não é suposto os sapatos albergarem senão pés. A certa altura, cansada daquela companhia indesejada, sacudi o sapato com um movimento firme da perna e a pedra saltou para o chão, perdendo-se entre pegadas e flores pequeninas à beira do caminho. Liberta de constrangimentos a atrapalharem-me o passo, ao olhar melhor a paisagem idílica que me rodeava, reparei no montículo de pedras de vários tamanhos pousadas sobre a erva. Quem sabe, pensei, os autarcas da região venham a criar um museu ao ar livre para conservar esta colecção de calhaus aparentemente desperdiçados, boa matéria de estudo para investigadores e população.
M
4 comentários:
Será que estas pedras merecem ser estudadas ? (Luisa) Não serão os restos duma banal construção?
imaginei q tiraste uma pedra dessas do teu sapato ahahahahahahah
Ó Mónica, por quem me tomas? :-))) À parte a insinuação que me fizeste, apanhaste bem o que eu quis dizer... No entanto, quando tenho alguma pedra no sapato, deito-a fora logo que posso, atrapalham-me o passo...
Imagina a multidão que já passou por esse lugar...quem sabe o museu vai ser realidade!
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