Eram os gramofones, os maravilhosos aparelhos que, abertos em flor, davam música e cantigas que vinham de longe e chegavam, por milagre da técnica, aos salões, sociais ou particulares, e faziam sonhar, e faziam dançar. Isto é o que eu digo, que não sou desse tempo, mas de que minha mãe me falava, com enlevo, com saudade dos seus tempos de menina. O tal gramofone, com sua campânula de pétalas, perdeu-se da família na voragem dos tempos que levam sonhos e cabedais. No entanto, chegou até mim uma minúscula caixinha vermelha com agulhas, as tais que riscavam os discos para que deles saísse a música dos loucos anos vinte. Foi do que me lembrei ao ver a linda fotografia da Teresa.
Licínia
1 comentário:
Recordações herdadas dos pais, mas que nos são comuns
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