O que impressiona mais a estas alttitudes é o silêncio. É absolutamente fascinante o silencio que se mantem horas a fio e que convida ao recolhimento, à reflexão. Na solidão.
Colinas mergulhadas num grande silêncio de árvores entreabertas por entre assomos de neve que a chuva dissolve pouco a pouco
vales por onde os sons se diluem e as aves se concertam entre abismos e água solta
espaços de luz habitados de trompas e coros por onde os gados se transfiguram e os pastos se iluminam tão transitoriamente oh casa nos alpes lugar onde recolher
9 comentários:
A solidão e a pequenez do homem na grande natureza. Muito bonita.
Aí sim, ela existe!!! :-)))
(E cá em baixo também).
Hum...parece-me chocolate com natas... Está muito bonita esta solidão de neve a perder de vista!
Nunca estive assim tão alto e tão só!
...ou um gelado de stracciatella!
A imagem perfeita da solidão na natureza!
O que impressiona mais a estas alttitudes é o silêncio. É absolutamente fascinante o silencio que se mantem horas a fio e que convida ao recolhimento, à reflexão. Na solidão.
Recordação dos Alpes
Colinas mergulhadas
num grande silêncio
de árvores entreabertas
por entre assomos de neve
que a chuva dissolve
pouco a pouco
vales por onde os sons
se diluem
e as aves se concertam
entre abismos e água
solta
espaços de luz
habitados de trompas e coros
por onde os gados
se transfiguram
e os pastos se iluminam
tão transitoriamente
oh casa nos alpes lugar
onde recolher
os indomáveis cavalos
sempre solitários
e acesos.
(Luís Serrano, in Poemas do Tempo Incerto, 1983).
Solidão... fria!
Abraços!
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