Foto de MNão, não foi o anúncio vermelho com sabor a bebida fresca que me chamou a atenção, quando passei por perto. Foi a quietude do lugar, as cadeiras caladas na sombra do dia. E as plantinhas com seus vestidos verdes, debruçadas sobre o muro, que assim me lembraram postura de gente a satisfazer curiosidades de Verão. Ninharias na ponta da língua, olhares seguindo os passos de alguém, rumores de vidas, as histórias de outros preenchendo os vazios do pensamento. Mas claro que se tratou de desvario meu: coisas de sol escaldante em cima de uma cabeça sem chapéu. Felizmente era um pequeno jardim pousado no azul à beira do caminho.
M
8 comentários:
Olá Manuela
É um recanto de sonho!
Desperta emoções pela sua paz que as cores transmitem.
Até o chapéu vermelho está muito bem inserido no tom azul esvanecido, do branco da parede e da calçada. O verde da amorosa cancela de ripas e o espreguiçar das plantas sobre o muro completam a harmonia final.
Que tenhas um lindo fim-de-semana
Abraço
cara m.,
dado o pouco tempo de que disponho para a blogosfera, sou, embora leitora atenta dos poucos blogues que visito, uma comentadora muito irregular.
mas hoje não quero deixar de dizer que, sempre que as leio, comparo inevitavelmente estas reflexões caseiras às delicadíssimas jóias de filigrana.
Como são ternas as palavras que dizes!
Abraço forte
Sou eu de novo, maravilhada com a beleza que nos traz a ferrugem (sou suspeita, tenho a cabeça toda branca). Não comento cada uma em particular porque elas são todas lindas. Estamos (estás!) de parabéns.
"ninharias na ponta da lingua"...
que saborosa a lingua portuguesa. que tu tão bem exercitas.
(apesar da coca-cola rss)
"Banalidades" que os nossos olhar, evocações e palavras às vezes transformam em lugares e momentos especiais... Foi o caso.
A quietude do lugar... Muito bem perpetuada em imagem; muito bem desinquietada em pensamentos.
Já tive uma casa de férias assim. Era tão bom apanhar sol e conversar com quem passava.
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