Neste verão... estive uns dias em Anif (terra pequena, muito pequena, perto de Salzburg).
No centro, mesmo no centro , há uma pequena igreja românica, muito bela (reconstruida) e o cemitério estende-se à sua volta, belo, bem tratado, tão belo que todos os dias me sabia bem passar na a rua, a rua central de Anif (Rommer Strasse), onde crianças brincam alegres encostadas ao muro, bonito e cheio de flores do cemitério. Na Austria, os cemitérios não são tristes! Dão-nos uma enorme ternura e , nesta aldeia, as pessoas vão lá tratar das flores (plantadas sobre as campas) depois de virem de tomar café ou de irem comprar o jornal. É natural, neles! Lá estava a campa (igual às outras, sem ostentação e com flores plantadas) do Karajan... andei à procura e só por acaso a encontrei.
Se eu fosse austriaca , gostaria de viver naquela pequena aldeia, pacífica e encantadora , a escassos minutos de Salzburgo e onde poderia passear todos os dias ao pé dos meus mortos... os meus pais, os meus queridos e saudosos pais...seria bom.. Em Portugal tudo parece mais complicado e "seco"... as flores quase que têm vergonha de existir sufocadas pelo betão...
Indiscutivelmente, um ritual que se cumpre e dói que desta forma o seja. Sofrido ou tantas vezes ostentado, esta fotografia documenta-o sóbrio. Parabéns "Vida"!
12 comentários:
Tristes rituais, talvez catárcticos, talvez necessários... indiscutivelmente belos na evocação desta fotografia!
Foi muito bem lembrado. E a foto, está bem bonita!
O Cimitério!
O ritual do enterro dos nossos mortos
Rituais que se cumprem de lágrimas nos olhos.
The final frontier...
Excelente foto. A visita a alguém amado, o ritual de ir até à última morada...
Um ritual que preferiamos nao ter que cumprir...
Neste verão... estive uns dias em Anif (terra pequena, muito pequena, perto de Salzburg).
No centro, mesmo no centro , há uma pequena igreja românica, muito bela (reconstruida) e o cemitério estende-se à sua volta, belo, bem tratado, tão belo que todos os dias me sabia bem passar na a rua, a rua central de Anif (Rommer Strasse), onde crianças brincam alegres encostadas ao muro, bonito e cheio de flores do cemitério.
Na Austria, os cemitérios não são tristes! Dão-nos uma enorme ternura e , nesta aldeia, as pessoas vão lá tratar das flores (plantadas sobre as campas) depois de virem de tomar café ou de irem comprar o jornal. É natural, neles! Lá estava a campa (igual às outras, sem ostentação e com flores plantadas) do Karajan... andei à procura e só por acaso a encontrei.
Se eu fosse austriaca , gostaria de viver naquela pequena aldeia, pacífica e encantadora , a escassos minutos de Salzburgo e onde poderia passear todos os dias ao pé dos meus mortos... os meus pais, os meus queridos e saudosos pais...seria bom..
Em Portugal tudo parece mais complicado e "seco"... as flores quase que têm vergonha de existir sufocadas pelo betão...
Demasiados calhaus para o meu gosto, nessa cidade do pé junto..
já agora..ao longo da existência humana, há mais gente viva ou mais gente que morreu?
..para mim há mais gente viva..:-)
abraço
intruso
Este é um ritual que dói... e dá umas saudades... mas é a única certeza que temos na vida!
mj
Ritual doloroso que a ninguém beneficia. Espero que se modifique neste século novo, a forma de lembrar e venerar as nossas raízes...
Abraço à «Vida»!
Indiscutivelmente, um ritual que se cumpre e dói que desta forma o seja. Sofrido ou tantas vezes ostentado, esta fotografia documenta-o sóbrio. Parabéns "Vida"!
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