quinta-feira, janeiro 12, 2012

4. Jawaa



Neblinas acordam a manhã o dia a infância, os ruídos dela.
Pela tarde afagam as vidas não sonhadas, os sonhos não vividos, os silêncios.

Jawaa

8 comentários:

Anónimo disse...

Estão cá todas: as neblinas próximas, a longínqua e a dispersa.
Agrades

Licínia Quitério disse...

As neblinas que adoçam, esbatem, os contornos da vida e suas estações.

Benó disse...

Estão longe. Vão embora com os sonhos não vividos, como tu citas num texto lindo.

Justine disse...

Mais uma das praias do Oeste:-)))))

M. disse...

À parte a beleza da fotografia, acho particularmente interessante o ritmo do texto em dois momentos particularmente diferentes. Um em que a ausência de vírgulas mostra a energia, a vida, a exaltação, o outro a marcar a desilusão, o que ficou por realizar e dizer, a morte. Afinal duas espécies de neblinas, pelo menos duas, metáforas da nossa existência neste nosso mundo imperfeito e incompleto.

Luisa disse...

Mas temos de viver com essas duas espécies de neblinas e mais vale olhar só para as das manhãs.

Anónimo disse...

Sejam de manhã ou de tarde dão sempre fotografias muito belas, como esta.


Teresa Silva

bettips disse...

Do texto, o despertar e o adormecer: das neblinas ambas das nossas vidas.

Ontem ouvi não sei onde que morremos como nascemos: de nada e sem nada.
Da alegria dos nossos pais que desaparecem das nossas vidas; das boas memórias que deixamos ao partir.
O que uma bela fotografia e umas palavras breves nos fazem pensar...