quinta-feira, janeiro 12, 2012

8. M.



Neblinas de silêncios abandonados ao relento do tempo num lugar tristemente só.

M

8 comentários:

Anónimo disse...

Gosto deste ponto de vista da aranha...
Agrades

Licínia Quitério disse...

Os véus do silêncio envolvem os lugares do abandono.
Lembrei-me de Elis Regina: É pau, é pedra, é o fim do caminho...

Benó disse...

Com as neblinas, as teias ganham pérolas cintilantes de vidas passadas.

Justine disse...

Estas neblinas de silêncio raramente se dissipam...

Luisa disse...

Que lindos temas sabe a M. escolher! Mas tristes.

Anónimo disse...

Diferentes neblinas, com menos vapor de água e mais teias a dificultar o acesso ao interior.

Uma fotografia soberba


Teresa Silva

M. disse...

Para mim esta fotografia não é triste no sentido de desesperadamente triste. Revela um aspecto da realidade humana. Há sempre neblinas na nossa existência, dentro de nós, nas nossas casas, nos outros e nas suas casas, no mundo em geral. É difícil ver sempre claro, é difícil o relacionamento entre as pessoas, em parte por causa dessas neblinas que muitas vezes não são mais que silêncios guardados. E não somos nós também uma espécie de aranhas construindo a nossa vida, nesse misto de trabalho, fortaleza e defesa (interior e exterior) e fragilidades? Quando morremos, e às vezes até antes, porque morremos antes, tudo fica ao relento do tempo. O nosso tempo e o dos outros.

bettips disse...

Fechada a porta há que anos, perderam-se os habitantes velhos e não voltaram os novos. A teia-neblina instala-se subtilmente.
Uma beleza.
E as palavras que nos aprofundam os pensares...