quinta-feira, dezembro 20, 2012

3. Bettips

Olho e vejo-o: insubmisso, in-submerso, íntimo. E que me fala na vontade de largar margens.
Amarras.
Já foi barco e não o é mais: contudo flutua, todo-azul, com a lembrança das lonjuras.
Bettips

6 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom, este texto.Essa ideia da
vontade de largar as margens. Todos estamos ancorados, o barco está ancorado na sua linha de morte.

Rocha de Sousa

mena maya disse...

O sonho ainda pulsa, nada se perde, tudo se transforma!

Também o vi assim!

Justine disse...

E, flutuando, vivo, pode ser que ainda corte amarras...

Licínia Quitério disse...

São assim os barcos que bebem o azul e nos dão, até ao fim, novas do longe.
Boas Festas, Bettips.

Luisa disse...

Só gostava é que ele ficasse assim em repouso para sempre.

do Zambujal disse...

já foi barco, já cortou o azul do mar, já não navega, jã não. Agora repousa. Espera.