Andei por aqui em Outubro de 2016, nesta rua de uma aldeia do Parque Natural Montesinho, e achei graça à expressão de gente na casa da direita, com o ar bisbilhoteiro de quem espreita as rotinas da vizinhança pelo rabo do olho. À parte a fantasia que me passou pela cabeça, apreciei a desproporção da porta verde junto ao chão, a leveza da varanda de madeira e o pormenor do saco de plástico pendurado na corda como sinal de vida em rua deserta.
M
11 comentários:
Gente de enorme sensibilidade ecológica, que já em 2016 não deitava fora os sacos de plástico!
Adoro essas varandas! mas as casas costumam ser desconfortáveis e frias
sim o plástico é a prova da existência humana
Assimetria, desproporção, num conjunto atraente, com um ângulo de foto perfeito.
Comecei ontem a comentar no comboio de Dresden para Berlim e omo é hábito falha a internet constantemente. Nem parece que estou na Alemanha...
Gosto desta tua arte de descobrir o lado bonito das coisas e de as emoldurares com a tua escrita que tanto aprecio.
E eu que não consigo deixar de ver ali um nariz e um olho... :-))
Mena Maya: nem tudo o que luz é ouro na Alemanha :)
O encanto da aldeia e de quem a observa
Luisa
o olho e o nariz são mesmo irritantes :))
Um desenho desproporcinado numa rua antiga, uma leveza divertida e elegante do texto. Um olho que espreita, um pouco debruçado, uma porta de gente pequena ou apenas encolhida. Onde o pensamento leva a asa.
B
@Margarida; claro que não, muitas vezes se tem a mania que "lá fora" é que é tudo bom. Fala-se aí tão mal do SNS, aqui não há nada de graça para ninguém, eu pago 810€/mês de seguro de saúde desde que me divorciei. Aqui não é possível ir a qualquer multibanco e fazer pagamentos, só no multibancos do nosso próprio banco, poe exemplo.
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