Vem comigo. Há um caminho de vontades que nunca pisámos. Calça as sandálias de atravessar as grécias. Desta vez não persigas os cervos que eles te fugiram para sempre. Dá-me a tua mão e sente na minha a brancura das tardes que me fizeram pitonisa das estradas de breu. Vamos convocar o brilho de um astro para este degredo de espadas embainhadas, de cisnes cantores. Pronunciaremos amor em todas as línguas dos homens até à revolta dos cegos, dos deserdados, dos dementes. Vem pelo caminho infinito da vida e da morte dos mundos. Tens de jurar que não pronuncias palavras de regresso. Nem de perdão.
Licínia
6 comentários:
Belíssimo texto, excelente fotografia! Tudo perfeito- assim é a vida nalguns raros fulgores
Muito belo este conjunto de palavras e fotografia. Uma prosa poética que sinto como uma afirmação de escolhas, de amor e de esperanças apesar das desditas e dos desesperos dos mundos. Uma vida que não se satisfaz com o trivial e mesquinho caminho dos homens e por eles luta de forma mais elevada.
isto está no Olimpo, belíssimo texto e fotografia.
Uma prosa corrida, de mãos dadas, tão poética que me fez lembrar Sophia. A foto a condizer com as palavras: bela!
Lindos o texto e a foto
Luisa
o amor é assim!!! Belos o texto e a fotografia!
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