Vamos então dar vida à proposta da M. para este mês de Setembro, que por acaso foi o mês em que cheguei a este mundo.
Vou contar-vos uma história que tem a ver com o começo de uma vida, neste caso a do meu filho primeiro e também com quem me trouxe à vida, a minha mãe.
Fui a menina do pai, ainda que nunca tenha ao certo percebido porquê. Isso trouxe-me muita atenção da sua parte e mais severidade da parte da minha mãe, acho que para compensar. Cresci convencida que a minha mãe gostava um pouco menos de mim do que dos meus irmãos, o que aceitei sem revolta, com o pragmatismo que me é característico. Nunca lhe levei a mal e nunca lhe mostrei que assim pensava.
Aos 20 anos estreei-me na arte de ser mãe. Tive a sorte de ter tido uma experiência fantástica. Quatro horas de trabalho de parto et voilá, encontrei-me com o meu filho nos braços.
Olhei-o maravilhada e nesse instante pensei: és muito parva, como podes pensar que a tua mãe gosta menos de ti, se tens o teu filho nos braços há minutos e já lhe tens um amor que nem sabes explicar!
Mena
(Foto tirada pelo meu Pai no verão de 1973)
6 comentários:
Que história cheínha de ternura! Que história bonita de uma vida que começa e que nos preenche para a toda a nossa vida
Interessante essa ligação que fazes entre os dois nascimentos e as duas mães. E olha que se calhar ser mãe é mesmo uma arte mas em permanente aperfeiçoamento senão "estragamos a pintura"...
gosto deste teu testemunho pragmático da vida. é simples. é bonito.
As associações que fazemos, já alguns anos mais tarde da vida.
Como diria Camões "julgue-o quem não puder experimentá-lo".
(o menino é igual ao homem bonito que às vezes trazes pela mão).
Que bonita história
Luisa
Sempre vejo em ti, mais do que a Mulher, a Mãe.
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