quarta-feira, abril 13, 2022

9. Mónica

  

A juventude do meu avô materno foi passada em Lisboa (onde nasceu e viveu depois de alguns anos da infância passada em Macau) e pela fotografia presumo que com momentos memoráveis na Mocidade Portuguesa, imagino que tivesse gostado e ido ao encontro da sua personalidade autoritária, patriota, moralista, machista e “por conseguinte” (expressão dele) naquilo que se tornou: um fiel e dedicado funcionário do estado português em missão colonial. Mas isto não é uma verdade absoluta, sou eu a fazer as conexões que me interessam e mesmo sendo verdade as experiências da juventude não chegam para definir o caracter de uma pessoa.

Mónica

8 comentários:

mena maya disse...

Mónica, a farda do teu avô parece-me mais de escuteiro (os meus netos têm um quase igual) do que da mocidade portuguesa, a que nunca pertenci. Das imagens que tenho visto, eles usavam um bivaque e não um chapéu destes.
O meu pai também usou uma farda colonial para os voos para África, canisa manga curta, calção e meias até ao joelho e um chapéu tipo capacete.

Justine disse...

Não, não chegam, podem deixar marcas que permaneçam a vida toda, mas os anos, a passagem do tempo e as experiências vividas em todas as idades vão também ter importância no carácter de cada um...

Mónica disse...

Mena, também tenho essa dúvida, também me pareceu um chapéu de escuteiro, mas como não sei nada sobre escuteiros nem mocidade portuguesa, mas sei que o meu avô era muito ativo e empenhado na mocidade portuguesa, arrisquei.

Justine, é isso, toda a vida é uma aprendizagem se quisermos claro, como diz o Zambujal mais projetos e menos memórias.

M. disse...

Vá-se lá saber com toda a certeza o que nos favoreceu ou atrapalhou a vida desde que nascemos! O melhor é ir andando com o que temos ou deixando para trás o que não queremos e substituindo pelo que nos parece melhor.

Anónimo disse...

Cada um viveu a sua juventude com os ideias em que acreditava
Luisa

bettips disse...

Depois da juventude vêm as mudanças necessárias. E essas experiências não chegam para definir o carácter de uma pessoa, como dizes.
Gostei da descrição sobre o teu avô e as tuas interrogações.

Zambujal disse...

Julgarmo-nos já é tão difícil... embora necessário a cada momento, então iulgarmos os outros de outros tempos antes dos nossos! Por uma foto?, por uma postura?, por uma foto?... só em casos extremos, ou em exercícios de auto-reflexão.

Anónimo disse...

A farda não me parece ser dos escuteiros nem da mocidade portuguesa. Fica uma foto do Avô sem se perceber a que pertencia. Também não seria uma farda a definir a sua vida.

Teresa