Não faço ideia da infância dos três meninos irmãos: o Artur, a Leonor Ernestina e a Matilde, há mais de 100 anos. Gosto desta fotografia da minha avó quando tinha os olhos vivos e curiosos, que eu a conhecesse só emanava regras de etiqueta e fazia bolos fora do alcance das crianças, a minha tia-avó Nora ainda não tinha tido “só azares” nem a bicha-solitária, talvez já se enfiasse na despensa à porta fechada a comer bolachas, o meu tio-avô Artur já se dava ares de “misterioso” e parece-me que a vaidade no cabelo muito penteado permaneceu. Da infância dos três só sei que nesta altura falavam crioulo de Cabo Verde. Depois foram viver para Moçambique, nasceram mais dois irmãos, o António e a Clotilde Luísa, não há fotografias dos 5 juntos. Nunca os ouvi falar crioulo, tenho pena que da infância deles só tenha ficado esta fotografia e nem uma história para contar aos meus netos.
Mónica
9 comentários:
É "sabe" a tua fotografia, assim como é "sabe" a história sobre os teus antepassados!
Um encanto de foto. Ela, por si, já é uma história.
Luisa
Concordo contigo, somos curiosas pelo nosso passado, gostamos de conhecer a história de pessoas de quem recebemos genes e contribuíram para o que somos.
É isso M., quem foi está gente. Ou então desmontar os mitos e as versões das histórias, aquilo que sei é a impressão de alguém, pode estar errada. Acho que as pessoas merecem ser recordados pelo seu lado, uma memória isenta.
Erros de ortografia, esta e recordadas.
Muito se aprende de nós, a mirar uma fotografia que nos traz gente e recordações.
Assim queiramos e saibamos olhar. Essa fotografia são três vidas que se se prolongam até ao PPP, por um gesto que a reproduz e pelas palavras que suscita.
Bonita fotografia. Recordações de pessoas e até de modas de há 100 anos.
Teresa
Curioso olhar sobre antepassados a um século de distância.
Uma preciosidade esta fotografia.
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