7. Mena M

Há uns anos, quando ainda me deslocava semanalmente a Dresden para trabalhar, fui protagonista de um episódio bastante desagradável. De volta a Berlim para o fim de semana, tive a inesperada companhia da Yolanda, uma prima da Frieda e da Emilie, que as tinha ido visitar. Chegámos à estação meia hora antes da partida, a Yolanda ainda sem bilhete. Fui à bilheteira automática onde não foi possível adquirir a passagem, pelo que tive que me dirigir ao balcão da Deutsche Bahn, já com algum receio de perder o comboio. 

Felizmente foi rápido o serviço mas ao sair dei por falta da minha malinha de viagem. Pensei 2 segundos e de imediato me dirigi à bilheteira automática, onde certamente a teria deixado. Fiquei aliviada quando a vi e no momento em que me aproximei para a levar, apareceram dois polícias, que me gritaram para que ficasse quieta. Perguntaram-me se eu não sabia que era proibido deixar a bagagem sem assistência e o perigo que isso representava.

A minha sorte foi eu ter aparecido quando a polícia estava prestes a contactar a unidade de terrorismo que iria tomar conta da mala. Levei um senhor raspanete, mas tive a oportunidade de explicar o sucedido. Ainda apanhámos o comboio, mas o susto estava escrito na cara da Yolanda.

Mena