«ENTREVISTA A CHICO BUARQUE, ONDE ELE DEFINIU "SOLIDÃO":
"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isso é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar.... Isso é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isso é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isso é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...Isso é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto... SOLIDÃO "é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma."
Encontrei isto na net.
Dá para pensar...
Beijinho. »
4 comentários:
Alguém amigo também me enviou essas palavras num momento muito complicado da minha vida...fez-me bem ler.
Dá de facto para pensar...
Beijinho:)
Verdade! Tão verdade que até dói! Há bem pouco que procurei em vão pela minha alma e senti esse sentimento de solidão!
Mas já a encontrei e deixei de sentir aquele peso e angústia... que era a solidão! Muito bom! :)
Por acaso já tinha lido algures este texto do Chico Buarque, que é verdadeiramente notável na sua análise com a qual concordo e prefilho como forma de vida de há 10 anos para cá. E não sinto solidão!
Bjs
TD
No blog "Memórias Virtuais", acabo de deixar o seguinte comentário, acerca dos poetas (e da ideia lá expressa, de que "o poeta hoje em dia tem de pertencer a uma casta, a um partido ou à «fina-flor»; o poeta que não se submete é um homem mutilado...):
Sem dúvida que se vendeu o que é de dentro àquilo que se pode ver por fora. E o mais que se diz rico ou afamado, é apenas pobre e só. Mas ao menos há os poetas (aqueles, os que o são, quer disso se saiba ou não, e mesmo que o não saibam eles), para ouvir os sons e as pausas de uma melodia de vida que acompanha o bater dos corações.
Assim a solidão tem companhia, assim na pobreza se é rico... Assim se diz um dia adeus à vida tendo-a sentido... Todos os dias.
Longe de mim deixar aqui este pedacinho por achá-lo merecedor do ponto de vista literário (!), e nem sequer vou embicar pelo poeta que somos e da poesia que sentimos. Apenas que, realmente, a solidão é a perda do encaixe entre nós e nós mesmos.
Ocorreu-me a associação.
Um grende abraço, M.
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