Uma palavra difícil, Sr. escorpião! De qualquer maneira havemos de nos sair desta...nem que seja aos gritos!
Manuela, a minha voz, só mesmo para chamar táxis...
Este jogo é tão fascinante, que não me espanta que haja tantos a querem participar... Mas compreendo-te, para ti é como diz o Gustaaf, quase um full time job! 42 é já uma multidão! (Que sorte a minha por ter chegado quando ainda havia vagas...!!!)
Bela palavra, não a minha, VOZ, que dizem os outros que é estridente, mas como diz a Mena havemos de dar VOZ à nossa imaginação... Egoisticamente digo..."ainda bem que consegui apanhar vez", pois tem-me divertido, ocupado e puxado pela imaginação. Ando sempre de nariz no ar e máquina fotográfica em punho. Se eu já gostava de fotografia agora é um vício, mas na realidade já somos muitos. Obrigada M. Bejocas
Bem... Numa primeira "leitura" que não resisti a fazer, comento apenas umas dez fotografias (as que me puxaram palavras no imediato), das quais mais destaco as de Sónia, Mena, Lúcia, Gustaaf e Bettips. Obviamente sem detrimento para todas as outras, pois não vi nenhuma que não fosse interessante. Regresso depois para apreciar sem pressas e ver o que uns olhos apressados nunca vêem. Até lá, deixo um abraço a todos! :-)
À conta deste tema, tomei consciência de que fomos perdendo muitas das vozes que povoavam as cidades. Do pregão da varina, ao anunciar do funileiro por entre toques de gaita... Até o homem das cautelas diz cada vez menos que "sexta-feira anda à roda", e o "olha os gelados!" deixou de ser certo em cada praia. Vamos calando a voz que era de todos, para todos.
Quando a última varina Se cansar de andar na lota No dobrar de cada esquina Vai morrer uma gaivota.
Recordando uma peixeira No silêncio de um minuto O mercado da Ribeira vai vestir um véu de luto.
Quando já não se escutar O gingar das suas ancas Eu tenho de as procurar Entre barcos e tamancas.
E vou onde o Tejo é vaga Ele corre como um louco, Rio que em si próprio naufraga Pra ser mar dali a pouco.
No meu cesto não há peixe Mas de tanto eu ter cantado Talvez Lisboa me deixe Ir apregoar o fado.
Porque uma cidade inteira Escreveu no meu coração Que a saudade é uma peixeira Esquecida do seu pregão.
(Última Varina - Letra: Tiago Torres da Silva / Música: J. Bragança)
Parecendo um pormenor, chegamos à conclusão de que não o era; os pregões davam vida a Lisboa - uma vida diferente, no tempo e no espaço. Aliás, por esse país a fora. Gostei da 'letra', que não conhecia.Muita imagem de Lisboa; marcas únicas, algumas desaparecidas(mas recordadas e passadas às gerações mais recentes), outras ainda bem presentes.
a voz não é palpável ao tacto não sente a luz a voz na tela é cor beleza e movimento a voz despenha se no eco dissolve se na caricia a voz é rouca, é trémula é forte a voz é onda desmaiada a voz não o é sem quem sem rosto a voz nao se move sem valor. a voz da rua, dos meninos, dos velhos, dos mudos a voz é um traço melódico do nosso ser a voz de razão, do ciúme ou da comiseração a voz treme como a pedra que resvala em atalhos que cruzamos a voz é o remoinho da alma a voz como cristal puro que nos seres se parte. a voz sem ela não poderiamos ser quem somos!
Escrevi o no meu blogue e apeteceu me oferece lo a ti.
10 comentários:
Uma palavra difícil, Sr. escorpião!
De qualquer maneira havemos de nos sair desta...nem que seja aos gritos!
Manuela, a minha voz, só mesmo para chamar táxis...
Este jogo é tão fascinante, que não me espanta que haja tantos a querem participar...
Mas compreendo-te, para ti é como diz o Gustaaf, quase um full time job!
42 é já uma multidão!
(Que sorte a minha por ter chegado quando ainda havia vagas...!!!)
Um beijinho
Bela palavra, não a minha, VOZ, que dizem os outros que é estridente, mas como diz a Mena havemos de dar VOZ à nossa imaginação...
Egoisticamente digo..."ainda bem que consegui apanhar vez", pois tem-me divertido, ocupado e puxado pela imaginação. Ando sempre de nariz no ar e máquina fotográfica em punho. Se eu já gostava de fotografia agora é um vício, mas na realidade já somos muitos.
Obrigada M.
Bejocas
Bom... Se todos os que já participaram continuarem a poder participar, já devemos ser mais de meia centena! :-O É incrível!!! :-)
Bem... Numa primeira "leitura" que não resisti a fazer, comento apenas umas dez fotografias (as que me puxaram palavras no imediato), das quais mais destaco as de Sónia, Mena, Lúcia, Gustaaf e Bettips. Obviamente sem detrimento para todas as outras, pois não vi nenhuma que não fosse interessante. Regresso depois para apreciar sem pressas e ver o que uns olhos apressados nunca vêem.
Até lá, deixo um abraço a todos! :-)
Voz!!! Pois é! e assim se tira o sono a quatro dezenas de amadores de fotografia!!! :-)
E os fotógrafos de serviço dirão com convicção:
Fotografaremos até que a voz nos doa!...
Ou será mais o olhar?...
que pena!
"perdi a carroça"
beijo
luísa
À conta deste tema, tomei consciência de que fomos perdendo muitas das vozes que povoavam as cidades. Do pregão da varina, ao anunciar do funileiro por entre toques de gaita... Até o homem das cautelas diz cada vez menos que "sexta-feira anda à roda", e o "olha os gelados!" deixou de ser certo em cada praia. Vamos calando a voz que era de todos, para todos.
Quando a última varina
Se cansar de andar na lota
No dobrar de cada esquina
Vai morrer uma gaivota.
Recordando uma peixeira
No silêncio de um minuto
O mercado da Ribeira
vai vestir um véu de luto.
Quando já não se escutar
O gingar das suas ancas
Eu tenho de as procurar
Entre barcos e tamancas.
E vou onde o Tejo é vaga
Ele corre como um louco,
Rio que em si próprio naufraga
Pra ser mar dali a pouco.
No meu cesto não há peixe
Mas de tanto eu ter cantado
Talvez Lisboa me deixe
Ir apregoar o fado.
Porque uma cidade inteira
Escreveu no meu coração
Que a saudade é uma peixeira
Esquecida do seu pregão.
(Última Varina - Letra: Tiago Torres da Silva / Música: J. Bragança)
Parecendo um pormenor, chegamos à conclusão de que não o era; os pregões davam vida a Lisboa - uma vida diferente, no tempo e no espaço. Aliás, por esse país a fora.
Gostei da 'letra', que não conhecia.Muita imagem de Lisboa; marcas únicas, algumas desaparecidas(mas recordadas e passadas às gerações mais recentes), outras ainda bem presentes.
a voz
não é palpável ao tacto
não sente a luz
a voz
na tela é cor
beleza e movimento
a voz
despenha se no eco
dissolve se na caricia
a voz
é rouca, é trémula é forte
a voz
é onda desmaiada
a voz
não o é sem quem
sem rosto
a voz
nao se move sem valor.
a voz
da rua, dos meninos, dos velhos, dos mudos
a voz
é um traço melódico do nosso ser
a voz
de razão, do ciúme ou da comiseração
a voz
treme como a pedra
que resvala em atalhos que cruzamos
a voz
é o remoinho da alma
a voz
como cristal puro
que nos seres se parte.
a voz
sem ela não poderiamos ser quem somos!
Escrevi o no meu blogue e apeteceu me oferece lo a ti.
bjinhos
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