Tão doce e surreal como o Paraíso. Não me admirava que aparecesse o Adão, ou mesmo a Eva, tentado pelos olhos que parecem dizer "segue-me"... A "quinta" de todos/muitos encantos/mistérios.
O retorno à Deusa, para renovação numa base de origem e num espírito feminino, é um aspecto vitalmente importante na busca que a mulher moderna empreende em direcção à sua totalidade
E por cima de tudo uma transparência lúcida Do entendimento retrospectivo... E a luxúria única de não ter já esperanças?
Estou cansado, é claro, Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado. De que estou cansado, não sei: De nada me serviria sabê-lo, Pois o cansaço fica na mesma. A ferida dói como dói E não em função da causa que a produziu. Sim, estou cansado, E um pouco sorridente De o cansaço ser só isto — Uma vontade de sono no corpo, Um desejo de não pensar na alma, E por cima de tudo uma transparência lúcida Do entendimento retrospectivo... E a luxúria única de não ter já esperanças? Sou inteligente; eis tudo. Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto, E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
10 comentários:
Tão doce e surreal como o Paraíso. Não me admirava que aparecesse o Adão, ou mesmo a Eva, tentado pelos olhos que parecem dizer "segue-me"...
A "quinta" de todos/muitos encantos/mistérios.
É sem sombra de dúvida um lugar idílico!
Transparência absoluta.
O retorno à Deusa, para renovação numa base de origem e num espírito feminino, é um aspecto vitalmente importante na busca que a mulher moderna empreende em direcção à sua totalidade
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Estou Cansado
Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
Alvaro de Campos
Dois belíssimos e adequados pensamentos para o tema e a fotografia...
Abçs
Tansparência em dégradé!
Que belíssimo jardim!
Lindíssima!
Muito bonita a fotografia a condizer com o tema e o poema. Bom momento de inspiração.
a transparência da vida vegetal em toda a sua beleza e pujança. Belo mundo este.
Bom f.s.
Bjs
Luz e paz
Paisagem de conto de fadas...grande inspiração
Teresa Silva
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