Foto de cima: a minha avó paterna com 25 anos.
Foto de baixo, da direita para a esquerda: em 1905, a minha tia Chanel com 11 anos (de quem falo no post nº 100 do "Reflexões Caseiras"), o meu avô e a minha avó paternos, o meu pai com 5 anos, uma irmã da minha avó e um sobrinho.
10 comentários:
Tanto como azúis de agora, uma lindeza estes instantâneos: mais de 100 anos... é obra! Gostei muito...
Bettips:
O tanto e o tão pouco da vida do Tempo. Estranhíssimo tudo isto. E quanto mais caminhamos para a frente, mais nos apercebemos destas coisas. O que passa e o que fica, o que conhecemos e o que não conhecemos. Quem esteve antes de nós e não chegámos a conhecer. Nem nós a eles nem eles a nós. E os genes nas famílias, e a influência positiva, ou negativa, daqueles com quem convivemos, ou não convivemos. E o silêncio do que não ouvimos, e o que ouvimos e às vezes não entendemos, e do que ficou por dizer, e do que nem sequer sabemos que temos dentro de nós. E os mitos acerca dos outros, e as fantasias, e as percepções, e o que parece e não é, e o que é e não parece ou não se sabe. E pensarmos que somos uma mistura de tanta coisa. E o que herdámos do corpo, da mente, das tendências, das qualidades, dos defeitos, de quem nos precedeu. Ou que não herdámos. Somos quase que indefesos perante este peso, ou leveza, do passado que nos coube em sorte. Seremos a concretização do sonho de algum avô, ou pai, ou mãe, ou...ou...? Um desejo por confirmar por causa precisamente do tal tanto e tão pouco do Tempo da vida? Impressionante a natureza da natureza humana... E tudo isto veio a propósito do que atrás disseste no teu comentário. Desencadeou-me estas reflexões.
Eu como sou doida por geneologias, retratos antigos, histórias passadas da família, fico sempre encantada com estas lembranças. Andaste então de volta das caixinhas das fotografias? És tu a detentora destas preciosidades? São lindos os teu avós e tão elegantes! Devem ter ficado contentes de aparecerem por aí e serem mostrados aos teus amigos...
Uma pergunta? Já havia passes nessa altura? Ou a tua Avó já viajava muito? Estudos?
São as nossas raízes e as nossas causas, as pessoas da nossa família. É é verdade, quanto mais os anos, maior o interesse ( ou a compreensão...)
Manuela, muito bem dito, também assim penso, mas não saberia dizê-lo tão bem. Acontece que também gosto de guardar fotografias e cartas antigas que possam dar a perceber quem foi quem e quem somos. Pena ter desaparecido tanta coisa ao longo do tempo e das viagens e eu própria, quando jovem, ter estado longe e quando perto, bastante distraída do que é na verdade essencial.
Aproveito para dizer que deixei de enviar as fotos semanais, apenas por falta de tempo para o fazer.
Boas fotos para todos. Passarei para vê-las...
Belas as ideias que a M aqui nos traz a partir das belas fotografias antigas. A invenção da fotografia ainda tão recente (geralmente ainda só nos permite conhecer feições de avós ou, quando muito, bisavós) já nos permite de algum modo viajar ao passado. Muitas vezes dou comigo a imaginar se nos sobreviverá este mundo de imagem e como será para os nossos tetranetos conseguirem ver imagem e som do que nós fomos. E se isso terá sobre eles algum impacto. Ou se se vulgarizou tanto a imagem que já ninguém acha interessante conhecer como eram os antepassados.
Neste lugar pequenino, acho que a minha avó conhecia a tua... Gostei muito das palavras fascinantes de todas: e é um encanto este folhear, com gente que aprecia o que é tão nosso, o que herdámos e o que descobrimos ter herdado. Abençoada tia Chanel!
Onde será aquela rua...
Bjinho M.
Bettips:
Carreiros? Foz? Famalicão (leia-se Famalicom, como dizia a minha avó...) A minha avó falava muito nestes sítios.
Pois e se calhar também conhecia alguns dos meus bisavós que eram da Foz!
Esta fotofrafia é uma delícia, Manuela!
As cabeças bem protegidas do sol e as sombrinhas para proteger o rosto das damas!
Todos muito elegantes, num passeio de Domingo?
Tamb«em eu passo o testemunho aos meus filhos e aos meus netos, falo sempre de todos os familiares que conheci pessoalmente e dos que conheci através das histórias que a minha mãe tão bem contava!
Pelas casas... parece-me Foz, Carreiros ou Av. da Boavista que é comprida. Esta agora, teremos de chamar o Maigret...
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