As alegrias do meu
amanhecer eram brancas e frias, mas reconfortantes.
Um friozinho cortante que congelava a ponta do nariz mas não fazia mal, era bom.
Deslizávamos na neve, os quatro, com um plástico ou uma pá, até ao sopé daquele pequeno montículo, acumulado durante a noite, naquele quintal britânico.
Lembro-me dos flocos que caíam, leves e ténues, no lago quase-congelado a caminho da escola. Quase tão branco como os cisnes que por lá nadavam, impávidos e felizes.
Agora, na minha burra, subi na vida. As alegrias do meu amanhecer são mais adultas, mais difusas, menos concretas mas nem por isso mais quentes.
Um friozinho cortante que congelava a ponta do nariz mas não fazia mal, era bom.
Deslizávamos na neve, os quatro, com um plástico ou uma pá, até ao sopé daquele pequeno montículo, acumulado durante a noite, naquele quintal britânico.
Lembro-me dos flocos que caíam, leves e ténues, no lago quase-congelado a caminho da escola. Quase tão branco como os cisnes que por lá nadavam, impávidos e felizes.
Agora, na minha burra, subi na vida. As alegrias do meu amanhecer são mais adultas, mais difusas, menos concretas mas nem por isso mais quentes.
Margarida
7 comentários:
Uma experiência que para mim é um pouco "radical", o tal friozinho cortante não me atraem, mas pelo teu expressivo texto concluo que te deixou recordações ternas. Que bom!
Gosto da fotografia, e gosto do modo irónico como terminas o teu texto!
Prefiro o tempo quente, mas o frio, com uma lareira aconchegante também é bom.
Gostei de ler estas lembranças de infância.
Há um calor de infância nas boas recordações!
gostei de saber sobre os teus tempos britânicos. conta mais.
Uma madrugada bem fria
Teresa
As alegrias do amanhecer devem ser o mote para o dia que acontece.
também gosto de acordar e ver tudo branquinho!
Mas não gosto do frio...
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