Aqui há diversas questões? - foi abandono ou algum cataclismo que danificou assim esta casa? - poderá ela ainda ser recuperada? A questão pior de todas: viverá aqui alguém?
É uma questão de tempo... Se estas ruínas se encontrarem numa zona muito cara, daqui a uns meses brotará daqui um prédio e uns tantos apartamentos para venda...
Às vezes é muito difícil responder positivamente a estas questões, evitar a ruina, a perda...! Fosse tudo vontade e a questão era outra...! (Como é que se representa um sorriso triste?)
Acho que esta questão está mais para lá do que pensamos! A questão principal desta foto de facto é ABANDONO! Mas que tipo de abandono? o HUMANO! Deixamos tudo para trás em busca do sonho dourado! Não nos importam os meios apenas os fins... Que importa se esta casa ja nos deu abrigo, nos aqueceu em noites frias, nos protegeu do calor, dos bichos,.... NADA nos importa! Somos assim, temos alma de ciganos, mudamos de um lado para o outro como se isso fosse solução! De que serve se o peso vai todo dentro de nós??!!
Boa foto! Gostei! Pôs-me a pensar se querias dizer mais do que ela mostra! ESTÁ POR UM FIO! Será que estamos todos assim????
Concordo com todos (desta vez!). Mas a minha questão é mais profunda: como é possível? Sim...as diferenças, as indiferenças. Não havia de ser permitido, a ruína, o deixar andar. Não pode ter a casa? deixa-a, entrega-a a quem a cuidar. Partilhas e negócios de má vontade entre pessoas. O direito de propriedade alienado a gente que não merece tê-lo, simplesmente porque não o usufrui nem deixa ninguém fazê-lo. E se dá ao luxo de "não precisar". Há por demais casas assim, terrenos assim...à espera da multiplicação dos $$$$$ ou euros. Conheço por demais o problema na família, nas famílias que vou encontrando. Eis por isso a minha questão: não há direito! E o sítio é em Lisboa (mais uma!!!) numa rua de Campo de Ourique, cheia de vida e animação. Reparem que a casa está com pintura interior linda, a porta caída com arco ainda fala de outras vidas... Perto de minha casa, há mais de 30 anos que há um grupo de casas estilo inglês, com jardim à frente e atrás. Vi-as habitadas 3 ou 4 anos...até hoje, a ruína em que estão com as bravas flores ainda tentando cobrir o abandono, os pombos que namoram. Há-de valer milhões e umas 100 pessoas amontoadas! Pode ser? Obg por me ouvirem.
Sei que tens uma compreensão enorme e uma generosidade imensa... Atrás de ruínas destas estão por vezes proprietários esperançados, sempre na mira de poderem recuperar... e muitas vezes tendo que adiar, ou que ceder à venda... Sinto-me aqui dos dois lados, porque tenho uma ruína assim, partilhada com mais três pessoas. Há vida e recordações e não é fácil alienar... ainda que fosse por dádiva! São questões de "a cada passo", porque o quotidiano se sobrepõe, inclemente... como o julgamento de quem olha e não sabe...!
Claro, Nucha, nem tudo é como eu penso à primeira! Se há coisa que eu entenda bem são as razões do coração, mesmo que pouco claras por vezes. Dificuldade tenho em entender os outros interesses... Abç
16 comentários:
Aqui há diversas questões?
- foi abandono ou algum cataclismo que danificou assim esta casa?
- poderá ela ainda ser recuperada?
A questão pior de todas: viverá aqui alguém?
Olha que um dia a casa vai abaixo!!!
Questão de partilhas????
Quando não se entendem pode demorar anos...
E a natureza vai fazendo questão de reconquistar!!!
" porque me deixam estar nesta triste figura, sem a dignidade k já tive, de abrigo de humanos?!"
Bjs
Luz e paz em teu caminhar
Uma questão de abandono?!...
Sem resposta a tempo.
Bjos*
É uma questão de tempo...
Se estas ruínas se encontrarem numa zona muito cara, daqui a uns meses brotará daqui um prédio e uns tantos apartamentos para venda...
Às vezes é muito difícil responder positivamente a estas questões, evitar a ruina, a perda...!
Fosse tudo vontade e a questão era outra...! (Como é que se representa um sorriso triste?)
Esta é uma questão difícil. Não me parece possível conservar. Espantoso como os abandonos dão boas fotografias!
Acho que esta questão está mais para lá do que pensamos! A questão principal desta foto de facto é ABANDONO! Mas que tipo de abandono? o HUMANO! Deixamos tudo para trás em busca do sonho dourado! Não nos importam os meios apenas os fins...
Que importa se esta casa ja nos deu abrigo, nos aqueceu em noites frias, nos protegeu do calor, dos bichos,.... NADA nos importa!
Somos assim, temos alma de ciganos, mudamos de um lado para o outro como se isso fosse solução! De que serve se o peso vai todo dentro de nós??!!
Boa foto! Gostei! Pôs-me a pensar se querias dizer mais do que ela mostra! ESTÁ POR UM FIO! Será que estamos todos assim????
uma questão de indiferença pelo património, ou, quiçá, falta de dinheiro dos proprietários para a reabilitarem.
Não havia necessidade; havia?...
PS - Concordo imenso com a Vida de Vidro. Também acho que abandonos (e ruínas) dão fotos espectaculares!
Belle ruine... à restaurer avec beaucoup de patience et autant d'argent!
É tudo uma questao de tempo.
Concordo com todos (desta vez!). Mas a minha questão é mais profunda: como é possível? Sim...as diferenças, as indiferenças. Não havia de ser permitido, a ruína, o deixar andar. Não pode ter a casa? deixa-a, entrega-a a quem a cuidar. Partilhas e negócios de má vontade entre pessoas. O direito de propriedade alienado a gente que não merece tê-lo, simplesmente porque não o usufrui nem deixa ninguém fazê-lo. E se dá ao luxo de "não precisar". Há por demais casas assim, terrenos assim...à espera da multiplicação dos $$$$$ ou euros. Conheço por demais o problema na família, nas famílias que vou encontrando. Eis por isso a minha questão: não há direito! E o sítio é em Lisboa (mais uma!!!) numa rua de Campo de Ourique, cheia de vida e animação. Reparem que a casa está com pintura interior linda, a porta caída com arco ainda fala de outras vidas...
Perto de minha casa, há mais de 30 anos que há um grupo de casas estilo inglês, com jardim à frente e atrás. Vi-as habitadas 3 ou 4 anos...até hoje, a ruína em que estão com as bravas flores ainda tentando cobrir o abandono, os pombos que namoram. Há-de valer milhões e umas 100 pessoas amontoadas! Pode ser? Obg por me ouvirem.
Bet
Sei que tens uma compreensão enorme e uma generosidade imensa...
Atrás de ruínas destas estão por vezes proprietários esperançados, sempre na mira de poderem recuperar... e muitas vezes tendo que adiar, ou que ceder à venda...
Sinto-me aqui dos dois lados, porque tenho uma ruína assim, partilhada com mais três pessoas. Há vida e recordações e não é fácil alienar... ainda que fosse por dádiva!
São questões de "a cada passo", porque o quotidiano se sobrepõe, inclemente... como o julgamento de quem olha e não sabe...!
Claro, Nucha, nem tudo é como eu penso à primeira! Se há coisa que eu entenda bem são as razões do coração, mesmo que pouco claras por vezes. Dificuldade tenho em entender os outros interesses... Abç
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