É bom concretizar sonhos, e este há muito que andava a ocupar espaço dentro de mim, avolumando-se cada ano que passava. Com o Quarteto de Alexandria, tinha eu tido contacto nos anos 80, e depois de tê-lo lido a primeira vez reli-o e voltei a relê-lo, ciclicamente. Sempre dizendo que um dia haveria de me passear em Alexandria pela mão de Lawrence Durrell.
Há muito que tinha descoberto o gosto de conhecer uma cidade pela mão de um escritor: o Rio de Janeiro e Luíz Alfredo Garcia-Roza, o Mindelo e Germano Almeida, Nova York e Philip Roth ou Paul Auster. E a hora de Alexandria surgiu, em jeito de prenda de aniversário, no início da década de 2010!
Foram dias intensos de descoberta, em que sonho, literatura e realidade se interligaram de modo indelével: como hotel escolhemos o Cecil, onde Justine e Darley se encontraram pela primeira vez; numa noite especial tomámos uma bebida no Bar Mountolive; caminhámos a pé pela meia-lua da Corniche; passámos um dia em visita à casa do poeta Konstantínos Kaváfis; perdemo-nos pela Rua Fouad, à procura de Clea; tomámos um chá no Café Al Aktar, mas não encontrámos Balthazar; e todo um dia foi pouco para apreciarmos a Biblioteca!
É bom concretizar sonhos!
Justine
3 comentários:
que delicia :)
Sou quase invejosa dessa vossa viagem. Que mergulho no Quarteto! Contente por terem tido essa oportunidade e obrigada por aqui contares.
Uma fotografia espectacular que exprime bem essa vossa vivência entre o passado, o vosso, e o do escritor e o que ele conta no seu livro. Também acho que visitar um lugar pela mão de quem sobre ele escreveu e ir é das melhores experiências que se pode ter.
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