A década do século passado foi marcada pelas férias com a nossa criança e amigos. Sempre em grupo o fizemos. Foi a época do Algarve, o meu filho dizia, ainda muito pequeno, chegando a S. Marcos da Serra: “Cheira a Algarve”, e cheirava! a alfarrobeiras, a amendoeiras, a laranjais, a estevas, a campos do Sul. Era uma viagem de um dia inteiro, a autoestrada acabava ali adiante, na Vila da Feira. Portanto, ir para o Algarve era uma enorme distância e canseira. Em alguns anos não íamos para tão longe, passávamos alguns dias em S. Pedro de Moel, no Pinhal da Gelfa, em Vigo e Samil.
Lembro desta vez, o Palácio de Estói. Estava fechado ao público. Não sei por que artes, conseguimos que o guarda que tomava conta do espaço nos deixasse percorrê-lo, aos jardins, às fontes e recantos. Um passeio inolvidável. Os meninos e menina divertiram-se, cantaram e correram pelas áleas ajardinadas, notando com curiosidade quando lhes fazíamos observar os pormenores dos azulejos, das estátuas, dos lagos, das árvores e plantas. Em tal profusão que parecia termos entrado no “Paraíso”.
Que sorte tivemos nós! Quem lá for agora, à Pousada, fica a saber que entrará num dos “Small Luxury Hotels of the World”.
Bettips
5 comentários:
conheço bem o palacio de estoi, agora é uma pousada, tenho uma amiga que é natural de estoi e passei lá varias vezes nas visitas dela de familia, que engraçada coincidencia, estoi não é um lugar popular
afinal no li tudo até ao fim, pois já sabes que é uma pousada, mas pode-se visitar na mesma
Já lá fui "em pousada", de passagem: quer dizer, não poisei, apenas fui ao bar comer algo e dar a volta possível. Uma maravilha, tenho-o bem documentado nas minhas fotos. Imagina tu na altura, anos 80, o trabalho que dava descobrir essas coisas. Mas sempre gratificante.
Obrigada Mónica pela tua lembrança e resposta.
Quase tudo o que era casa senhorial ou palácio passou a Luxury Hotel! Irritam-me esses deslumbramentos bacocos...
Justine parece-me uma forma de dar utilidade e preservar imóveis cujos proprietários não têm capacidade para os sustentar. Neste caso pode ser visitado como se fosse um museu, a qualquer hora, não se paga, os quartos é que estão vedados. Se ainda fosse uma casa particular eu nunca teria tido acesso.
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