Dia 1 - (Dia da Criança e de/como criança falando)
Estou agora longe das minhas coisas habituais, nomeadamente de casa, dos discos rígidos cheios de memória e memórias, fotografias em álbuns e outras recordações. Por isso apenas responderei a este primeiro desafio.
Nasceram ambos nas margens do Douro profundo, cada um perto de um afluente: o Avô, do rio Tua, na margem direita, a Avó, do rio Varosa, na margem esquerda. Juntaram-se apenas no Porto, como as águas do rio-grande.
Lembrando-os, aos avós maternos, no dia 3 de Abril de 1913: a festa do seu casamento, na Quinta da Prelada.
Do meu avô Antero nada recordo a não ser as imagens que havia na casa onde nasci.
Da minha avó Vitória recordo a bondade que me dedicou e mil e um gestos tão comuns, que me legou e que ainda faço, ao mexer a sopa, ao estufar a carne. A imensa dignidade do seu trabalho e das suas ajudas (invisíveis do exterior) aos vizinhos pobres.
Da memória dos seus puros olhos azuis que persistem nos olhos do meu único filho. Foi um presente maravilhoso e que nunca imaginei acontecer. Olhos azuis que (me persistem) na pequena menina-estrela, nascida há meia dúzia de anos.
Bettips
5 comentários:
Linda a história e a foto do casamento
Luisa
concordo com a Luísa, que beleza! adoro os chapéus, era uma moda tão engraçada, um homem com um chapéu desses só podia ser bem disposto.
Uma bonita fotografia e a graciosidade da noiva.
Enternecedoras, as recordações que tens da tua avó materna...
Um casamento descontraído. Muito gira esta foto com tantos anos.
Teresa
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