Na aldeia todos se conhecem e são na maioria familiares mais ou menos chegados que entre si trocam produtos das terras que ainda vão amanhando, que velam pela segurança e bem estar dos mais velhos, que acolhem visitantes e lhes dizem, leve estas florinhas, umas alfaces, prove lá esta pinga. Não são perfeitos, são humanos, têm as suas discórdias, zangas de palavra azeda, disputas de chão que nem sempre a bem se resolvem.
Conhecem a aldeia e a vila próxima, mas são dali, da terra pequena de campos arejados, da igreja que alindam para a festa da padroeira. É o sentimento identitário que os vai salvando dos assaltantes, do isolamento, da indiferença das novas selvas.
A fé na justiça divina conforta-os, preservam os ensinamentos dos antepassados que procuram legar aos filhos, aos netos, mas sabem que o mundo mudou e também a aldeia vai perdendo a inocência.
Licínia
(A foto é de uma aldeia chamada CODEÇAL, junto à Tapada de Mafra.)
6 comentários:
É linda
Luisa
Que bom para eles :))
Como uma cascata de cores e saberes. É linda, oxalá se conserve.
É exactamente essa a filosofia de vida de uma aldeia tradicional: a união, a solidariedade, a troca, a oferta de produtos que o campo dá, a entre-ajuda! É bom viver numa aldeia...
Uma aldeia grande e bonita. Não conheço mas vou passar por lá, se encontrar o caminho.
Teresa
O viver em comum, que um poço (a água..!.....) trazer bulha e pior. Uns passos na divisão de uma partilha vinha perturbar. Na aldeia, quando havia uma herança "um parte o outro escolhe". Mas tudo muda. E o que falta é gente, crianças!
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