De luz e sombra se cobrem os dias dos homens. Não têm memória de outras estrelas e por isso se afincam a guardar a luz do sol nos olhos, nas mãos, no coração. Na noite escura, quando o frio e o medo assomam ao rés do corpo, dizem baixinho, meu amor minha luz, e acende-se um raio de futuro. No dia claro, alimentam-se de lembranças de outras luzes, de outras sombras, dizem a meia voz, meu amor meu Natal. Assim sempre, na roda do claro escuro a que se chama Vida.
Licínia
(A foto é de um prédio muito antigo em Braga, onde está a Livraria Centésima
Página.)
4 comentários:
Um texto muito poético, muito belo, muito lúcido, muito inquietante!
Excelente, Licínia
Que texto tão bonito, Licínia!
Uma beleza este texto! De uma enorme humanidade. E a fotografia é outra maravilha.
que poético!
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