Como
o guardador de sonhos
tem
sua cabana e vigia,
eu sou
cabana, Senhor, nas tuas mãos sem luvas
e sou
noite, ó Senhor, da tua noite fria.
Vinha,
prado, velho cajado
campo
que a Primavera não perde,
figueira
centos de frutos a rodos,
mesmo
em terreno de mármore que não cede:
Exalam
perfumes teus ramos secos.
E tu
não perguntas se estou a vigiar;
sem
medo, diluídos em seivas leitosas,
teus
abismos sobem por mim ao passar.
Margarida
2 comentários:
"Luvas"?HHHMMMMM... Será que adivinhei o presente/futuro? Ironia da escrita...
ia comentar o mesmo :D
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